top of page

Os Salesianos 

Nós, Salesianos de Dom Bosco (SDB), formamos uma comunidade de batizados que, dóceis à voz do Espírito, intentam realizar numa forma específica de vida religiosa o projeto apostólico do fundador: ser na Igreja sinais e portadores do amor de Deus aos jovens, especialmente aos mais pobres. Nossa sociedade é composta de clérigos e leigos que vivem a mesma vocação em fraterna complementaridade. Somos reconhecidos na Igreja como Instituto religioso clerical, de direito pontifício, dedicado às obras de apostolado.

​

Abertos às culturas dos países em que trabalhamos, procuramos compreendê‑las e acolhemos seus valores para encarnar nelas a mensagem evangélica. As necessidades dos jovens e dos ambientes populares, a vontade de agir com a Igreja e em seu nome movem e orientam nossa ação pastoral para o advento de um mundo mais justo e mais fraterno em Cristo. Em qualquer lugar trabalhemos, o desenvolvimento integral dos jovens através da educação e da evangelização está no centro do nosso compromisso, porque acreditamos que a nossa total dedicação aos jovens é o nosso melhor presente à humanidade. Fundados por São João Bosco, um santo educador italiano do século XIX, estamos presentes em 132 países.

Em 18 de junho de 1894 chegava em Cuiabá a primeira expedição de missionários salesianos, acompanhados pelo Bispo Dom Luiz Lasagna; seu objetivo era trabalhar com as populações indígenas. Em 1896, houve uma tentativa nesse sentido, oferecida pelo governo de Mato Grosso, para que os salesianos começassem a desenvolver suas ações entre os índios. Mas, efetivamente, isso só veio a acontecer por volta do ano de 1900, com a chegada do Pe. Bálzola a Mato Grosso; de início empreenderam uma viagem “com o objetivo de estudar a situação. Voltaram nada concluindo”, já que as dificuldades naquela época eram enormes. Em 1901 conseguiram, finalmente, fundar a primeira colônia em local conhecido por “Tachos”, porém, por falta de água potável, transferiram-se para a região de “Meruri”; em 1902, iniciarem o “trabalho de catequização” [16] dos índios Bororo – considerados o “terror dos civilizados”, na expressão dos próprios salesianos. Os índios “tardaram muito meses para comparecer”, mas, após os primeiros contatos, “os trabalhos foram progredindo prodigiosamente, sendo que a zona tão temida pelos civilizados tornou-se tranqüila e prometedora, hoje semeada de cidadezinhas. É este o merecimento dos missionários salesianos” .

​

Para o historiador salesiano Antônio da Silva Ferreira, a escolha do estado de Mato Grosso e, em particular, da cidade de Cuiabá, pelos missionários, tinha por objetivo “ressuscitar as missões e permitir a expansão do trabalho salesiano entre os índios”. Em sua opinião, essa escolha se deu de forma estratégica, como forma de “relançar as missões indígenas e, depois, a expansão do trabalho missionário para as demais regiões do Brasil e para os países limítrofes”. Naquela época, segundo o pesquisador, os governantes sabiam que o trabalho com os índios requeria: “colônia militar, intérprete e missionário”. Mas, em Mato Grosso, as tentativas de aproximação com os indígenas tinham sidos frustradas: “todos estavam cansados da guerra contra os Bororo, que durava desde 1849. Via-se também que os esforços para pacificá-los rendiam pouco. O governo tinha os dois primeiros elementos (...), mas lhe faltava o principal: o missionário”. Com a chegada dos salesianos poder-se-ia evitar “... que os índios fossem massacrados como estavam sendo nos demais países da América; conseguir que eles se entregassem às atividades pastoris e extrativas [ além de ] garantir, graças ao índio pacificado e civilizado, a ligação entre a bacia platina e a bacia amazônica e fazer do índio o natural defensor do solo brasileiro”.

​

Ainda em Cuiabá, os salesianos iniciaram suas atividades educacionais com a fundação do Liceu de Artes e Ofício de São Gonçalo, em resposta às reivindicações das autoridades locais, assim relatadas por Pe. Carletti:R

​

“O que era no começo a vida cristã, a vida religiosa, não somente nas selvas, senão também na mesma parte civil de Mato Grosso? A Arquidiocese de Cuiabá, começando pela capital, tinha pouquíssimos sacerdotes; menos ainda a Diocese de Corumbá, tão vasta como a França; e em todo o estado não havia um Colégio religioso. Eis porque não tardaram a se fazer sentir as pressões das autoridades religiosas e civis a pedir, antes bem, a impor que, se não de preferência mas pari passu com a evangelização dos índios, os Salesianos se dedicassem ao ministério sacerdotal e à educação da mocidade, nas cidades e centros mais povoados, como Cuiabá, Corumbá, Campo-Grande, Três Lagoas, Ponta Porã, etc. 

​

Assim, passaram a intensificar suas ações voltadas para o campo educacional. Em 1919 chegaram ao sul de Mato Grosso, fundando, em Campo Grande, a Escolinha de São José. Em 1929, adquiriram o Ginásio Municipal da Associação Pestalozzi, transformado em Colégio Dom Bosco, constituindo-se, desde então, “numa das maiores experiências educativas dos salesianos” .

​

Mesmo contando com a grande extensão territorial do estado de Mato Grosso, os salesianos fundaram casas, paróquias e escolas em várias cidades, as mais populosas e, do ponto de vista das questões sociais, as que apresentavam maiores problemas em relação à educação, assistência social, infra-estrutura básica de serviços, entre outros.

  • White Instagram Icon

© Copyright 2017 CSSG

Tecnologia da Informação

Entre me contato

Tel: (65) 3616-8100

Email: info@cssg.g12.br

Endereço

Av. Dom Bosco, 605

Dom Aquino - Cuiabá MT

bottom of page